Os duendes são um dos símbolos de Wrocław. Quem passeia pelas ruas da cidade vê estátuas de duendes pra todos os lados. Há muito tempo os historiadores, jornalistas e moradores da cidade discutem de onde eles saíram.
A primeira versão fala do Diabrete Odrzański – que chegou na cidade numa balsa.
Durante muitos anos ele irritou os moradores da cidade. Ele desamarrava o cadarço dos sapatos das pessoas enquanto elas esperavam o ônibus, tingia a água das fontes da cidade, punha sal nos açucareiros dos restaurantes. Ninguém aguentava mais. E ele era tão pequeno que ninguém conseguia pegá-lo, a cidade precisava de ajuda. Então o prefeito recorreu aos duendes, que, de boa vontade, vieram ajudar.
No começo o diabrete incomodou até os duendes. Trancou um no calabouço, amedrontou outro, jogou um terceiro no rio. No fim das contas os duendes conseguiram capturá-lo e o convenceram a deixar a cidade. Então o Diabrete foi embora em sua balsa e desde então os moradores e turistas podem andar pela cidade sem medo. Como prova de agradecimento a cidade decidiu homenagear os duendes, colocando suas estátuas nas calçadas. A fama da cidade tem corrido o mundo e cada vez aparecen mais duendes em Wrocław.
Uma outra teoria diz que os primeiros duendes apareceram em Wrocław apenas nos anos 80 do século XX. Na época começaram a aparecer nas ruas estátuas de um gnomo sorridente com gorro cor de laranja segurando uma flor.
Essa foi uma ideia de um movimento chamado Alternativa Laranja, que lutava contra os absurdos do comunismo usando humor e duendes. Eles apareceram também nas ruas de Świdnicka e estão lá até hoje. Assim os duendes tiveram participação na queda do comunismo e graças a ativistas do movimento Alternativa Laranja a realidade da Polônia hoje é mais colorida.
Mas ainda há outra teoria: que os duendes se mudaram pra lá quando Wrocław ainda era uma pequena aldeia e ajudavam nas tarefas domésticas e no cultivo de cereais – arrumavam as roupas dos espantalhos, costuravam os furos nos sacos de trigo e afiavam as ferramentas. Em troca de um teto, segurança e um pedaço de pão, passavam seu tempo com os moradores.